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O Profano e o Feriado Corpus Christi

 

23/05/2016

Na verdade a parte profana do feriado de Corpus Christi é muito significativa, não só em Pirenópolis como em todo o Brasil e até mesmo em Portugal de onde herdamos a festa.

No passado, em um ambiente extremamente pobre em atividades sociais e culturais da população descendente da escravatura e dos pobres, estas ocasiões tinham grande importância para o povo em geral.

Os aspectos pagãos e populares marcavam presença. A Igreja tentava, e continua tentando mas geralmente em vão, normatizar esses eventos em que as pessoas costumavam cometer todos os tipos de excessos: de comida, bebida, danças, sexo dentre outras atividades pagãs. E mais uma vez, a ostentação era um dos elementos centrais do espetáculo... e continua sendo.

O ponto alto do profano do feriado em Pirenópolis é a Cavalhadinha, realizada por crianças de até 12 anos, é a reprodução-mirim de todos os rituais da Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, seguida com coroação, procissão, fogueira, fogos, roqueira, cavalhadas e banda de couro, menos as folias.

Uma representação onde todos os personagens são crianças: Imperador do Divino, Reis e Rainhas do Reinado de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, Pastorinhas, Congo e Contradança, catira feminina, Cavaleiros e Mascarados com seus cavalinhos de pau.

Outro ponto alto do profano nesta data é a saída dos mascarados, também conhecidos como curucucus, que neste dia, depois de dez dias de descanso pós finalização da Festa do Divino, saem pela última vez no ano em pequenos grupos.

Aí sim é que o "bicho pega", digo, os "Curucucus", a pé ou à cavalo, quase como uma repetição dos dias gloriosos das últimas Cavalhadas, saem a todo o vapor com suas brincadeiras até inocentes e despretensiosas, ao mesmo tempo que apavorando os visitantes que não os conhecem.

Pedindo dinheiro, ou até mesmo exigindo mais uma latinha de cerveja, os mascarados aprontam de tudo, parando o transito, rodeando pedestres com brincadeiras até mesmo um tanto assustadoras e com uma alegria contagiante e sem fim!

Essas são as partes mais significativas do profano da festa.

Por: Edson Newton Paranhos