As Pastorinhas é um auto natalino bastante difundido no nordeste onde é conhecido como Pastoril.
Trazida para Pirenópolis pelo telegrafista nordestino Alonso Machado, Trata-se de uma peça teatral cantada, tipo opereta, que relata a anunciação do nascimento de Jesus.
Apesar de ser uma peça natalina, em Pirenópolis, desde o primeiro ano de apresentação, em 1922, As Pastorinhas, ou A Jornada do Natal, como também é conhecida, sempre foi mostrada durante a Festa do Divino, que ocorre no período de pentecostes, maio ou junho. E assim ficou até os dias de hoje, tornando-se tradição a sua apresentação nesta data.
Existem, hoje, duas pastorinhas, a infantil, representada por crianças de idade de 10 a 12 anos e a juvenil, de meninas de 15 anos ou mais. A mais tradicional é As Pastorinhas juvenil. Para a população local, é um feito social de grande importância para uma menina de 15 anos, sair nas Pastorinhas, algo como um "debut". A peça, quando representada, tem grande público, principalmente de pais e parentes, que ovacionam e interagem com grande fervor.
Alguns elementos são típicos de Pirenópolis, como por exemplo, os símbolos da Fé, Esperança e Caridade, representados por meninas menores de 10 anos, que cantam lindamente. Estes símbolos foram introduzidos pelo Maestro Proprício de Pina em 1923, que foi o primeiro regente e quem obteve junto ao telegrafista os originais. Também as roupas, assim como as músicas sofreram grandes adaptações. Conta-se, pela história oral, que as primeiras Pastorinhas, chegavam a durar mais de 4 horas e tinham diversos atos. Hoje a peça não passa de 2 horas.
Na década de 80, Aspásia de Pina Jayme, descedente do Maestro Propício, começou as pastorinhas infantil como uma brincadeira de fundo de quintal entre sobrinhos e amigos e montou As Pastorinhas Infantil, que é encenada, até os dias de hoje, no período do Natal.
Esta é considerada a origem do Pastoril. Nasceu de uma brincadeira entre meninas da corte e para animar o presépio, que é estático, representavam os seus elementos com um prólogo de anunciação, cantado e bailado, composto por 12 ou mais meninas vestidas de azul, chamadas de Cordão Azul, e o mesmo tanto vestidas de vermelho, o Cordão Vermelho. Ainda compõe o elenco, o Velho Simão, a Diana e o pastorzinho Benjamim. Esta turma canta o nascimento de Jesus e viajam até a manjedoura para louvá-lo. Finalizando a peça com o seu nascimento.
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