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Mostra de Música de Pirenópolis — Canto da Primavera

Uma das mais relevantes iniciativas na área musical, o Canto da Primavera constitui uma alentada amostragem da música brasileira nos mais variados gêneros e ritmos. De caráter não-competitivo, produz um verdadeiro caldeirão de ritmos, com ênfase para a criação regional. A mostra oferece oficinas que proporcionam a troca de experiências entre os diversos profissionais envolvidos na criação musical e, ao mesmo tempo, busca incentivar a discussão da música brasileira nos mais diferentes gêneros. Consolidado no calendário de acontecimentos culturais do Estado, o Canto da Primavera valoriza a criação musical, gera empregos, movimenta a economia e o turismo local.

O Canto da Primavera também se constitui no marco da descentralização da política cultural goiana, pois a exemplo do Fica (que acontece na Cidade de Goiás) e do Tempo (em Porangatu), a Mostra de Música é realizada em Pirenópolis.

O I Canto da Primavera, em 2000, teve 43 shows e uma apresentação teatral. Zé Ramalho fez o show de encerramento. A segunda edição da Mostra de Música de Pirenópolis, em 2001, contou com 41 espetáculos e três artistas de expressão nacional, Zeca Baleiro, Hermeto Pascoal e Elba Ramalho, que fez o show de encerramento.
Em 2002 Pirenópolis abrigou o III Canto da Primavera, de 28 de novembro a 1º de dezembro. A mostra contou com 6 oficinas de música, um dos aspectos mais enriquecedores do evento, que teve 120 inscritos. Foram 35 shows, envolvendo 33 cantores e grupos musicais. Houve um público estimado de 35 mil pessoas.
Na quarta edição do festival, realizada entre 17 a 21 de setembro de 2003, houve ampliação das oficinas de música (com a criação da Oficina de Viola Caipira, com Roberto Corrêa, e Oficina de Percussão, com Zinho Brown), As demais oficinas foram nas áreas de Prática de Conjunto (com Ricardo Leão), Baixo (Artur Maia), Piano (Marcos Nimrichter), Sopros (Carlos Malta), Guitarra (Billi Brandão) e Bateria (Adriano Trindade).

Esta quarta edição reuniu 266 artistas e 254 outros profissionais, diretamente. Gerou 600 empregos diretos e 400 indiretos. Teve custo total de R$ 739 mil, dos quais R$ 220 mil foram conseguidos via Lei Rouanet e R$ 156 mil bancados pela Saneago. Os R$ 363 mil restantes correram por conta do governo do Estado.
A mostra, que acontece em setembro, sempre após a entrada da primavera, teve a sua quinta edição, em 2004, como a consagração de um evento que se transformou em um acontecimento fundamental para a música produzida em Goiás. O V Canto da Primavera apresentou 30 espetáculos. Houve o crescimento da presença de artistas de expressão nacional, como Alceu Valença, Chitãozinho e Xororó, Fagner, Juca Chaves, Paralamas do Sucesso (fez o show de encerramento) e Wagner Tiso.
A VI Mostra de Música de Pirenópolis — Canto da Primavera, realizada entre os dias 16 a 25 de setembro de 2005, contou com o patrocínio da Celg e apoio da Construtora Biapó, Sebrae-GO, Saneago e Prefeitura de Pirenópolis. O evento teve 50 shows, compondo uma variada caixa de ressonância de ritmos e estilos musicais, desde o erudito, com Glacy Antunes e Norton Morozowski, ao rock da Banda Vícius da Era, do chorinho com o Grupo de Choro Brasileirinho ao sertanejo-pop, e do Programa Frutos da Terra (TV Anhanguera) ao blues.

A sexta edição do evento apresentou recorde em número de pessoas envolvidas. Somente as oficinas contaram com 153 alunos inscritos, que, somados aos ouvintes, chegam a 200 pessoas. Foram 50 técnicos e uma equipe de produção com 20 pessoas. Só músicos foram 400. Com os integrantes de grandes bandas, como a Pequi, Phoênix e Orquestra de Câmara Goyazes, além de cantores de outras cidades, obteve-se um total de 700 empregos diretos.
Desde que foi criado, em 2000, como mecanismo de valorização da criação musical, o Canto da Primavera vive um processo ascendente. Tanto no número de pessoas participantes (e público), quanto de atrações e volume de recursos envolvidos no evento. Das 20 mil pessoas iniciais (em 2000) e um orçamento de R$ 300 mil, a sexta edição do evento contou com orçamento de R$ 1,5 milhão e reuniu cerca de 60 mil pessoas, somando-se todos os dias de sua realização.
Uma das novidades do VI Canto da Primavera foi a exibição, no Cine Pirineus, do filme Dois Filhos de Francisco, de Breno Silveira, enfocando a saga da família e a vida da dupla Zezé di Camargo e Luciano, que viveram na zona rural de Pirenópolis. Outro aspecto relevante foi a ampliação do número de espetáculos nacionais. Em 2005 foram 11 atrações, entre elas Elba Ramalho e Dominguinhos, Cidade Negra, Zeca Baleiro, Belchior, Guilherme Arantes, Zé Ramalho e Francis Hime.
Um momento especial do evento foram as oficinas de música, promovendo um importante encontro de músicos de diferentes instrumentos e uma rica troca de experiências. Foram ministradas oficinas nas áreas de violão e guitarra (Pedro Braga), sax e flauta (Marcelo Martins), prática de conjunto (Toninho Horta), piano e teclado (Marcos Nimrichter), bateria (Márcio Bahia), percussão (Gustavo di Dalva) e baixo (Marcelo Maia). O coordenador pedagógico das oficinas foi o músico Luiz Chaffin.

Fonte: Agepel