31/08/2006
A Câmara analisa o Projeto de Lei 6917/06, do deputado Leandro Vilela (PMDB-GO), que inclui o nome do general Joaquim Xavier Curado (1743-1830) no Livro dos Heróis da Pátria, que fica no Panteão da Liberdade e da Democracia, na praça dos Três Poderes, em Brasília. O Panteão foi inaugurado em 1986, em memória ao ex-presidente Tancredo Neves.
No Livro dos Heróis da Pátria, estão inscritos nomes de brasileiros ilustres, já mortos, que merecem ter sua memória preservada pelos seus feitos em prol da liberdade e da democracia. Lá estão, por exemplo, Tiradentes, Marechal Deodoro da Fonseca, Zumbi dos Palmares e Dom Pedro 1º.
Tropas da independência
O general liderou tropas favoráveis à independência do Brasil, no episódio do Dia do Fico, em que D. Pedro 1º declarou que permaneceria no País, contrariando a decisão da Coroa portuguesa, em 1822. Por esse motivo, foi considerado um dos precursores do Exército brasileiro.
"É incontestável a importância de Xavier Curado, documentada por sua biografia, marcada por grandes feitos em prol da Nação", argumenta o autor da proposta.
Biografia
Nascido em Pirenópolis (GO), então chamada de Meia Ponte, Xavier Curado se mudou para o Rio de Janeiro aos 21 anos, onde ingressou na carreira militar. Em 1776, como capitão, participou da retomada da vila do Rio Grande, que estava sob o domínio espanhol.
Como tenente-coronel, implementou a Academia Militar, precursora da atual Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Governou Santa Catarina entre os anos 1800 e 1805, com a patente de coronel.
Como General, Xavier Curado participou das batalhas da chamada Banda Oriental, em favor da definição das fronteiras no Sul do País, como comandante do Exército Pacificador.
Recebeu títulos, como o de Barão e Conde de São João de Duas Barras, e comendas, como a Medalha da Campanha do Sul, por duas vezes.
Fonte: Agência Câmara - Adriana Resende