(23-07-2011)
Enviada por Edson Newton Paranhos
Festival Internacional de Cinema e Alimentação De 15 A 18 de Setembro de 2011.
Segunda Edição do Festival Abre Espaço para o Slow Bier e para o Sabor do Queijo Mineiro
- A produção de cerveja artesanal no Brasil é tema de filme, palestra com o mestre cervejeiro Marco Falcone, proprietário da cervejaria Falke Bier, e degustação
- O cineasta Helvécio Ratton conversa com o público após exibição do inédito O mineiro e o queijo
- Exibição de 18 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens de ficção e documentário de países como Irã, Índia, Itália, França, Líbia, EUA, Chile e Hungria
- Restaurantes da cidade criam pratos exclusivos inspirados no Slow Filme
Depois de provar que até terras mais áridas como o sertão brasileiro é capaz de produzir vinho de excelente qualidade, os produtores brasileiros jogam por terra mais uma máxima: a de que só o oeste europeu consegue fazer a boa cerveja.
É isso o que vai ficar provado durante a segunda edição do SLOW FILME – Festival Internacional de Cinema e Alimentação, evento patrocinado pela Petrobras e realizado em Pirenópolis, Goiás, entre 15 a 18 de setembro.
Uma das atrações do festival será a exibição de dois filmes que tratam da produção artesanal de cerveja no Brasil, acompanhada de palestra com o célebre mestre cervejeiro Marco Falcone (proprietário da Cervejaria Falke Bier, de Ribeirão das Neves, Minas Gerais) e degustação de cervejas fabricadas em pequena escala.
SLOW FILME acontece de quinta a domingo, no Cine Pireneus. Entrada franca. A abertura oficial, na quinta-feira, dia 15, às 20h, terá sessão dupla com os curtas Mulheres da Terra, de Márcia Paraíso, e A Horta do Seu Geraldo, de Fernando Brito.
Mas não só a bebida à base de cevada dará o tom da edição 2011 do festival que alia cinema e gastronomia, sob o conceito da sustentabilidade. O grande cineasta mineiro Helvécio Ratton fará, durante o evento, a pré-estréia de seu filme O mineiro e o queijo, que lança luz sobre a fabricação, consumo e distribuição do famoso queijo mineiro – em especial aquele fabricado na Serra da Canastra, na região do Serro e do Alto Parnaíba, em pequenas fábricas familiares. Ratton conversará com a platéia após a projeção do longa e o público será convidado a degustar exemplares de queijos da região.
A segunda edição do festival de perfil único no Brasil está ainda mais diversa. Sob curadoria do professor de cinema, crítico e cineasta Sérgio Moriconi, serão exibidos 18 filmes, entre longas, médias e curtas de ficção e documentário, de diferentes países.
São produções do Brasil, Itália, França, Irã, Líbia, Suécia, Hungria, Índia, Chile e Estados Unidos que poderão ser vistas ao longo de quatro dias de programação.
Além das sessões realizadas no Cine Pireneus, SLOW FILME propõe um programa de atividades paralelas, que complementam o conceito do festival. Serão oferecidas visitas a fazendas de agricultura orgânica, a pequenas fábricas de produção familiar, conversas com especialistas e produtores e muito mais. Vários restaurantes da cidade também se integram ao evento, criando pratos exclusivos, como é o caso do Le Bistrot, da chef Márcia Pinchemel, e Montserrat, comandado por Juan Pratginestos.
O festival é uma realização da Prefeitura de Pirenópolis e da Objeto Sim Projetos Culturais e conta com a parceria do Convivium Pirenópolis, ligado ao Slow Food, sob a coordenação da antropóloga e produtora rural Kátia Karam. O evento tem o apoio da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira e da Secretaria de Cultura de Pirenópolis.
SLOW BIER
Nesta segunda edição, um dos focos será o movimento Slow Bier, criado em 1990, na Alemanha, propondo o prazer de tomar uma cerveja produzida no processo lento e artesanal. Um dos representantes brasileiros do movimento, Marco Falcone, proprietário de uma das mais conceituadas marcas de cerveja artesanal brasileira, a Falke Bier, vai conversar com a platéia após a exibição de Cerveja Falada, que mostra a história de Rupprecht Loeffler, o mais antigo mestre cervejeiro do país.
Falcone promete apresentar um panorama da produção de cerveja artesanal no Brasil, especialmente em Minas Gerais, onde a supremacia da fabricação de cachaça está caindo em nome da cerveja. Cervejeiros que produzem sua cerveja na panela do fogão de casa (homebrewers) e produtores que investiram em microcervejarias (microbrewers) produzem, por ano, 6,2 milhões de litros de cerveja tipicamente mineira.
Este volume é quase todo consumido no próprio estado. As cervejas são preparadas em pequena escala, seguindo receitas diferenciadas, com aromas e paladares sofisticados. Ao final da conversa com Marco Falcone, será oferecida degustação de algumas marcas de cerveja artesanal brasileira.
QUEIJO DE MINAS
Dentre as produções brasileiras, destaque para O mineiro e o queijo, novo filme do premiado diretor mineiro Helvécio Ratton, responsável por sucessos como A Dança dos Bonecos, Amor & Cia, O Menino Maluquinho e vários outros filmes. Ratton estará presente no evento, para falar um pouco sobre cinema e sobre sua paixão pelo queijo de Minas.
Para rodar O mineiro e o queijo, Helvécio Ratton circulou pelas regiões do Serro, da Serra da Canastra e do Alto Parnaíba, visitando locais onde o queijo ainda é produzido de forma artesanal, segundo as mais antigas tradições – os primeiros indícios da fabricação de queijo em Minas Gerais datam do século XVIII.
Hoje, o queijo Minas é produzido por cerca de 30 mil famílias, mas a tendência é que a produção caia, já que os jovens não demonstram interesse em seguir a tradição, porque não dá muito lucro. O público será convidado, depois da conversa com o diretor, a degustar exemplares de queijos produzidos em Minas Gerais.
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